Segundo pesquisa da Pró Síndico, entidade que reúne administradores de condomínios, 47% dos moradores estão descontentes com os seus síndicos. O valor da taxa condominal está entre as principais causas.
Para o diretor-executivo da Pró Síndico, há maneiras de evitar aumentos na cobrança, como utilizar novos sistemas de iluminação mais eficientes (com uso de energia limpa e renovável), melhorar a cotação de materiais de limpeza e terceirizar mão de obra. Essas medidas ajudam a reduzir o valor do condomínio. “O problema é que este conhecimento não chega até os síndicos”, diz Dostoiévscki Vieira.
São Paulo, por exemplo, tem cerca de 40 mil condomínios, 30 mil deles apenas na capital, conforme a entidade. Juntos, eles movimentam cerca de R$ 8 bilhões por ano.
Outros motivos que levam à insatisfação variam desde falta de trato com os moradores até a percepção de que há ganho de comissão por parte do síndico. Para Dostoiévscki, o problema é que algumas pessoas aprendem a serem síndicos. Algumas conseguem controlar os cargos, outras não.
Para evitar problemas dessa natureza, um bom síndico deve ter o mínimo de conhecimento sobre o Código Civil, as leis trabalhistas, além de interesse na área contábil, administrativa e do direito. Habilidades que também ajudam são saber ouvir reclamações dos condôminos, ser político, ser bom comunicador e, principalmente ser um bom líder.
