Preços, perfil e venda e imóveis: 6 perspectivas para o mercado imobiliário em 2014

A Câmara dos Deputados deverá votar nas próximas semanas a Medida Provisória 511, que dispõe recursos do Tesouro Nacional para o BNDES financiar o Trem de Alta Velocidade (TAV) ligando Rio de Janeiro – São Paulo – Campinas. Por ser uma obra de proporções gigantescas, que envolve muito dinheiro, cerca de R$ 34 bilhões – é também muito controversa.

O comitê de mercado do NRE-Poli (Núcleo de Real Estate da Escola Politécnica da USP) se reuniu para debater as expectativas para o setor imobiliário em 2014.

Abaixo, as principais conclusões para o mercado residencial de imóveis no Brasil neste ano.

1 – Preços dos imóveis devem cair em algumas regiões

A queda deve ser observada, especialmente, nas capitais onde os estoques de imóveis são muito altos, em relação à demanda.

2 – São Paulo e Rio de Janeiro, contudo, devem continuar observando alta

Ainda que uma parte das cidades brasileiras observem quedas nos preços em 2014 e, na média nacional, a maior parte dos membros do Comitê acredita que os valores dos imóveis deverão variar em taxa equivalente ou ligeiramente inferior à observada em 2013, as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro não devem acompanhar tal comportamento.

3 – No geral, os preços dos terrenos devem continuar impactando os preços dos imóveis

No geral, quando se fala dos fatores que mais influenciam os preços dos imóveis, em 2014, a combinação de terrenos e outorgas onerosas devem continuar sendo os mais expressivos na formação dos preços. Em seguida, de acordo com o relatório, aparecem: custos de construção, custos do capital investido (efeito da taxa referencial de juros para cima), margens de segurança na formação dos preços ofertados e crescimento das margens de resultado dos empreendedores.

4 – Perfil dos imóveis não deve mudar

Segundo 97% dos consultados para a elaboração do relatório, o perfil dos imóveis lançados em 2014 devem manter as mesmas características apuradas em 2013, “com eventual ajuste para baixo”. Ainda de acordo com o documento, a alternativa de diminuir o tamanho das unidades, para ajustar o preço do imóvel à capacidade de pagamento do mercado, estaria se esgotando.

Entretanto, há evidências de que em grandes centros metropolitanos, os produtos menores não devem desaparecer. Isso porque eles seriam necessários para atender à formação de famílias com menor número de filhos e do crescente número de idosos buscando modelos mais adequados ao momento de vida.

5 – Velocidade das vendas deve ser mais moderada

Conforme o relatório, a velocidade de absorção dos empreendimentos residenciais, em 2014, acompanhará o desempenho de 2013, com viés para baixo. O motivo é que muitas empresas têm optado por vendas mais lentas e preços mais sustentáveis.

6 – Crédito imobiliário deverá espelhar 2013

Por fim, as previsões para o crédito imobiliário para aquisição é de que a busca, no ano que vem, deve continuar no mesmo patamar de 2013. Segundo os corretores, a proporção de transações percebidas no mercado é de um para três.