Obras nas lagoas da Barra e de Jacarepaguá são lançadas

Fonte: Ascom RJ

O Governo do Estado lançou nesta quinta-feira (5/6) as obras de recuperação ambiental do sistema lagunar da Barra da Tijuca e de Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio. A ação é parte integrante do compromisso olímpico dos Jogos Rio 2016. O projeto tem como destaque uma iniciativa inédita no país: uma ilha-parque formada por três milhões de metros cúbicos de sedimentos, que serão dragados no fundo das lagoas e dispostos em geobags, cápsulas têxteis que formarão a base da ilha.
O governador Luiz Fernando Pezão afirmou ser uma alegria iniciar a Semana do Ambiente lançando estas intervenções no Complexo de Lagoas da Baixada de Jacarepaguá.

– Vi o trabalho do Ambiente para avançar com o projeto. A população aguarda há 40 anos por esta iniciativa. O Brasil tem que recuperar a tradição de elaborar projetos – disse o governador.

A obra tem a previsão de conclusão em 24 meses e prevê a ampliação da extensão do quebra-mar da Barra, visando a uma maior troca hídrica com o mar, aumentando o nível de oxigênio das lagoas. A medida vai favorecer a pesca e beneficiará a balneabilidade da praia da Barra da Tijuca, na altura do Pêpê.

O projeto inclui ainda a dragagem e a recuperação ambiental das lagoas de Marapendi, da Tijuca, de Camorim e de Jacarepaguá, além dos canais da Joatinga e de Marapendi, totalizando um perímetro de 15 quilômetros de extensão.

O secretário do Ambiente, Carlos Portinho, falou sobre a utilidade da geobags.

– As geobags vão formar uma ilha, o que significa que além da função de remover o lodo em drenagem, a ilha representará uma nova área de lazer para os moradores da região integrada ao ambiente urbano e com vocação ambiental – explicou o secretário.

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, lembrou que a prefeitura já realiza obras de macrodrenagem das bacias da região.

– Estamos dragando os rios destas duas áreas. Desta forma, não veremos mais sedimentos chegando às lagoas daqui da Barra e de Jacarepaguá – afirmou o prefeito.

Ilha-parque

A ilha-parque será formada por trilhas, ciclovias, quadra de esportes e jardins, além de um centro de referência ambiental que funcionará como um núcleo de estudos avançados dedicado a ações de manejo da natureza da região; integrado por especialistas de universidades, da Secretaria do Ambiente e do Inea (Instituto Estadual do Ambiente).

O processo de criação da ilha-parque seguirá parâmetros de construções sustentáveis, pois será reduzido o impacto no meio ambiente que haveria com o transporte diário por caminhões do material resultante da dragagem até o aterro sanitário de Seropédica.