Recentemente, três fabricantes alemãs anunciaram investimentos de R$ 1,52 bilhões de reais em novas fábricas para colocar o Brasil no mapa da produção de carros da categoria premium. O investimento é para novas fábricas da Audi e Mercedes-Benz e ampliação de instalação Volkswagen.
A fila foi puxada pela também alemã BMW, que há um ano instalou sua fábrica na cidade de Santa Catarina. Até dezembro, a Land Rover (montadora inglesa) deve anunciar a construção da sua fábrica no Brasil. A planta industrial está sendo disputada por São Paulo e Rio de Janeiro.
Nos anos 90, Audi, Mercedes-Benz e Land Rover tiveram fábricas locais, mas fecharam as portas. No mesmo período, chegaram Renault, Nissan, Toyota, Honda, Peugeot e Citroën. Para Thomas Schmall, presidente da Volkswagen do Brasil, houve erros estratégicos na época. “Atualmente, o país está preparado para o mercado de luxo.” Com a produção do novo Golf, a Volks passará a ser, por enquanto, a única a ter um carro global premium. “Em poucos anos, todos os modelos da marca serão globais”, diz Schmall.
Marcelo Cioffi, sócio da consultoria PWC, diz que para concorrer no mercado internacional, todas as empresas precisam trabalhar com plataformas globais, em busca de redução de custos e maior escala. Dificilmente hoje uma fabricante terá estratégia apenas local.
