Projeto em Porto Velho privilegia espaços abertos e jardim com espécies tropicais
Desenvolvida às margens do Rio Madeira, a cidade de Porto Velho está rodeada pela biodiversidade amazônica. O clima quente da capital de Rondônia é um convite para um estilo de vida banhado pela luz natural, com direito a jardins abundantes em espécies tropicais e uma piscina para apaziguar as altas temperaturas. Ao criar a residência de uma mulher solteira e sem filhos, a arquiteta curitibana Cybele Kinoshita cumpriu esses e outros requisitos.
Com o objetivo de criar uma casa moderna, Cybele investiu em traços limpos e grandes volumes, priorizando espaços integrados feitos especialmente para que a proprietária aproveite a companhia dos amigos e da futura família. O maior desafio, segundo a arquiteta, foi aproveitar da melhor maneira o terreno de 600 m² para realizar os anseios da moradora: três suítes e uma área externa com jardim e piscina. “A solução foi integrar o living ao jardim para causar a sensação de que tudo faz parte de um só ambiente”, diz.
Segundo Cybele, o destaque é a conexão entre o estar íntimo e a piscina, que foi projetada para ser uma continuação da sala. Além de uma “prainha”, bancos em toda a volta com jatos de hidromassagem proporcionam conforto nos momentos de lazer do lado de fora. Rico em espécies vegetais, o jardim tropical, idealizado pelo paisagista Gil Fialho, era um desejo da proprietária. As plantas vieram todas de São Paulo, com exceção das jabuticabeiras. O critério de escolha foi selecionar espécies que melhor se adaptavam à região. Os taludes, que também fazem parte do paisagismo, foram pensados para esconder os pilares estruturais. “Dessa forma criamos a impressão de que a casa está apoiada neles”, conta a arquiteta.
Do lado de dentro, na sala de jantar, os lustres revestidos com folha de ouro foram escolhidos para contrastar com o fundo verde. Já o lustre do lavabo, feito sob medida para a cliente, tem os mesmo moldes dos lustres do jantar e ocupa todo o teto.
Uma solução tecnológica importante para manter o visual clean do projeto foi a opção por um shaft que mantém escondidos todos os equipamentos de som e imagem. “Com isso não foi preciso criar racks e outras peças de mobiliário específico para esse uso, o que deixou o layout mais limpo”, diz Cybele.
Fonte: casavogue.globo.com
