Tombado pelo patrimônio histórico, Arcos da Lapa passam por reforma

Fonte: O Globo

Tombado pelo patrimônio histórico, o monumento dos Arcos da Lapa está sendo novamente pintado. Dessa vez o projeto é executado pela Gerência de Monumentos e Chafarizes da prefeitura, com acompanhamento do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O município vai gastar cerca de R$1,3 milhão na revitalização. Cerca de 20 funcionários fazem a raspagem de trechos danificados, recuperam partes de argamassas que estavam soltas, aplicam cal e pintam. Ainda não há data para a finalização das obras. Mas os Arcos já estão branquinhos outra vez.

A última reforma no monumento foi feita pela prefeitura, em 2011, com a ajuda do Iphan, da Secretaria de Conservação e Serviços Públicos e da Rioluz. O maior problema dos Arcos são as manchas provocadas pela chuva. Mas não é possível aplicar impermeabilizantes no local porque a superfície do monumento é feita de argamassa de areia e cal e não pode ter qualquer cobertura. De acordo com a prefeitura, é necessário que a construção mantenha a sua umidade natural para não ser danificada. E a proposta de instalação de calhas de silicone nas bordas dos Arcos fora rejeitada, em 2011, pelo Iphan.

O secretário municipal de Conservação e Serviços Públicos, Marcus Belchior, destacou a importância da restauração da pintura dos Arcos da Lapa.

– Os Arcos da Lapa são um grande símbolo e uma marca do Rio. É um dos monumentos mais visitados na cidade. Diariamente, muitas pessoas passam pelo local e, certamente, se identificam com ele. Por isso, essa revitalização é muito importante e o meu trabalho à frente da Secretaria de Conservação é resgatar esse tipo de ícone para os cariocas – disse.

O aqueduto, conhecido hoje como Arcos da Lapa, foi criado no século XVIII e tem 64 metros de altura por 270 metros de comprimento. O monumento é um dos cartões-postais do Rio e se estende do morro de Santa Teresa até o pé do Convento das Carmelitas. A função inicial do aqueduto era levar a água do Rio Carioca até o chafariz do Largo da Carioca. No século XIX, a estrutura passou a ser utilizada como acesso a Santa Teresa, com os bondinhos.