Um dos lugares historicamente mais importantes do Rio de Janeiro é o centro da cidade. Saiba mais sobre as atrações dessa área, desde as localizadas nos seus diversos bairros, até as da zona portuária.

 

O centro da cidade do Rio de Janeiro é uma área de grande diversidade cultural, de riqueza histórica, e, além disso, de atividades urbanas agitadas. Lá, pode-se encontrar museus, edifícios coloniais, feiras de rua e casas de eventos.

Essa zona é uma mistura de modernidade e antiguidade, por isso, é essencial conhecer um pouco mais sobre sua história.

Trajetória histórica da zona central

O Rio de Janeiro foi capital do Brasil de 1763 a 1960, um longo período de tempo, fundamental para seu desenvolvimento – reflexos desse momento histórico ainda são vistos na cidade. Exemplos de construções importantes no centro, de diferentes épocas, são o Paço Imperial e o Palácio Tiradentes.

A época de grande transformação e urbanização aconteceu com a chegada da Corte Portuguesa, em 1808. Ao encontrarem uma cidade colonial simples, diversas mudanças foram necessárias para repaginar o local – o centro abrigou boa parte das reformas, em busca de um padrão europeu “civilizado”.

É importante ressaltar que mesmo a escravidão sendo um alicerce colonial já ultrapassado em relação à nova imagem e organização pretendida, era a principal mão de obra da cidade, e, por isso, foi usada para esse novo empreendimento.

Há lugares no centro marcados pela presença dos indivíduos escravizados no passado, que hoje foram transformados para valorizar e cultivar a história do povo africano. Um exemplo é a região denominada Pequena África.

Zona Portuária

A Pequena África fica localizada, mais especificamente, na região portuária do Rio. No local há um porto, utilizado no passado para receber navios com os escravizados, denominado Cais do Valongo. Em 2011, devidos às Olimpíadas, o local foi reformado, hoje ele é reconhecido pela UNESCO como Patrimônio Mundial da Humanidade.

O local foi ocupado pela comunidade negra após a abolição, até os dias atuais, e atividades como a capoeira e as rodas de samba tornaram-se um marco.

Hoje, um dos ambientes mais agitados da região fica por lá, a Pedra do Sal, lugar em que o samba acontece nas ruas à noite e reúne um público jovem e adulto regularmente.

Pedra do Sal

Esse local, tão importante para a cultura negra, foi ambiente frequentado pelos primeiros grandes nomes do samba, como Pixinguinha, Heitor dos Prazeres, Donga e João da Baiana.

A Pedra do Sal é considerada um monumento histórico, sendo tombada em 1984 pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural. A origem do nome é exposta em uma placa lá existente: “Neste local o sal era descarregado das embarcações que aportavam nas proximidades. Passou depois a ser ponto de encontro de sambistas que trabalhavam como estivadores.”.

Demais atividades

Outra atração da zona portuária é a orla revitalizada, também da época das Olimpíadas, chamada popularmente de Boulevard Olímpico. A área liga a região das docas a Praça XV e conta com alguns atrativos para quem a visita.

Dois pontos culturais e turísticos interessantes ficam na Praça Mauá, localizada no Boulevard: o Museu do Amanhã e o Museu de Artes. O primeiro conta com um design moderno e interativo, com pautas atuais e relevantes, como a mudança climática, por exemplo. Já o segundo, também conhecido com MAR, traz exposições de arte histórica e contemporânea, além de um mirante em frente à Baia de Guanabara.

Também na Praça Mauá, pode-se encontrar, aos fins de semana, eventos abertos com gastronomia, música e capoeira.

Mais um atrativo da região da portuária, próxima ao bairro da Gamboa, para os apreciadores da arte contemporânea, é o Mural Etnias. Um grande painel de três mil metros quadrados feito pelo artista Eduardo Kobra, em que representantes de tribos de cada um dos cinco continentes são retratados.

Outros locais interessantes para visitar na região e no Boulevard são o Aquário Marinho do Rio, a Orla Conde, a Igreja de São Francisco da Prainha, a Fortaleza da Nossa Senhora da Conceição, o Mosteiro de São Bento, o Centro Cultural Pequena África, o Centro Cultural José Bonifácio, o Instituto dos Pretos Novos e a Casa da Tia Ciata.

 

Outros locais do Centro

A zona portuária agrupa as mais diversas atividades culturais, econômicas e históricas, como foi visto. Mas o centro da cidade conta com muitas outras regiões, também relevantes e interessantes para conhecer. Os bairros são: bairro Imperial de São Cristóvão, Benfica, Caju, Catumbi, Centro, Cidade Nova, Estácio, Gamboa, Glória, Lapa, Mangueira, Paquetá, Rio Comprido, Santa Teresa, Santo Cristo, Saúde e Vasco da Gama.

Alguns edifícios importantes são lá encontrados, como a Biblioteca Nacional, fundada em 1810, com um dos acervos mais completos e importantes brasileiros. Outra vasta reunião de livros fica no Real Gabinete Português de Literatura, inaugurado em 1887, possuindo o maior acervo de literatura portuguesa fora de Portugal. Há também o Museu histórico nacional, de 1922, dedicado à história brasileira , que possui um acervo de mais de 250 mil itens.

Além da literatura e cultura, a vida urbana também pode ser ativa e animada. Com destaque para o bairro da Lapa. Essa região boêmia, marcada pelo monumento dos Arcos da Lapa, possui diversos bares, baladas, casas de show e espaços culturais.

Destacam-se dois ambientes, a Fundição Progresso e o Circo Voador. Ambos funcionam tanto como local para shows e eventos, como um centro cultural. Os mais diversos tipos de espetáculos tem lugar nesses espaços.

Outro atrativo da Lapa é a Escadaria Selarón. Ela foi construída por um artista chileno chamado Jorge Selarón – o projeto não foi encomendado, Jorge mudou-se para o Rio de Janeiro em uma casa no topo da escada, na época em péssimas condições. A reforma foi sendo feita por ele aos poucos, até que seu trabalho chamou a atenção e azulejos de diferentes partes do mundo foram enviados a ele.

A construção foi feita por 23 anos, até o dia de sua morte, como ele mesmo declarava ser sua pretensão. O artista foi encontrado morto em frente à escada – ainda não se sabe exatamente o contexto desse acontecimento.

Esse e todos os outros patrimônios da zona central do Rio tornam essa região da cidade um destino imperdível para quem aprecia arte, cultura e agito.

Gostou das informações? Acompanhe o Blog da J. Tavares para estar sempre informado (a)!

Conte também com nossa consultoria imobiliária para encontrar o imóvel perfeito para você no Rio de Janeiro.